A partir de maio deste ano, uma nova resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) permitirá o uso do medicamento Dupilumabe no tratamento de pacientes com dermatite atópica grave, com idades entre 6 meses e menores de 18 anos, que não tenham respondido adequadamente ao tratamento tópico recomendado por pelo menos seis meses.
Após uma análise em consulta pública, essa nova resolução foi estabelecida para atender às necessidades de cerca de 5% das crianças brasileiras que enfrentam a dermatite atópica grave, conforme informações do Conselho Federal de Medicina (CFM).
O que é dermatite atópica?
A dermatite atópica é um problema crônico de pele que se manifesta com inflamação e coceira intensa, afetando principalmente crianças. Quando a condição se torna mais grave, seus efeitos podem impactar profundamente a qualidade de vida não apenas do paciente, mas também de toda a família envolvida.
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a dermatite atópica atinge cerca de 7% da população adulta e 25% da população infantil. A doença é originada por uma disfunção no sistema imunológico, que provoca um processo inflamatório, comprometendo a integridade da barreira protetora da pele. Isso possibilita a penetração de microrganismos e substâncias no organismo, desencadeando reações alérgicas.
Como o Dupilumabe pode ajudar pacientes com dermatite atópica?
O Dupilumabe é um anticorpo monoclonal humano recombinante do tipo IgG4. Ele atua inibindo a sinalização das interleucinas-4 e 13, que desempenham um papel determinante na manifestação dos sinais e sintomas da dermatite atópica. Especificamente, o Dupilumabe bloqueia a sinalização da IL-4 através do receptor Tipo I e a sinalização da IL-4 e IL-13 através do receptor Tipo II. Essas citocinas do tipo 2 são fundamentais para o desenvolvimento da dermatite atópica.
Em quais circunstâncias o Dupilumabe pode ser prescrito?
Como mencionado anteriormente, o Dupilumabe é uma alternativa terapêutica para pacientes que não apresentaram resposta satisfatória ao tratamento tópico inicialmente indicado. Sua eficácia tem sido comprovada em casos em que outras abordagens não foram eficazes, oferecendo uma nova possibilidade para aqueles que enfrentam desafios no controle dos sintomas da dermatite atópica.
Em caso de dúvidas, consulte um dermatologista.