Doenças de pele agravadas pelo frio

A queda no termômetro é bem-vinda para os fãs de chocolate quente, sopas, roupas mais pesadas… Mas não dá para ignorar que o inverno pode trazer alguns problemas para a pele, que fica bem mais sensível.

Quando o inverno chega e as temperaturas começam a cair, a pele dá sinais de que sentiu a mudança de estação. O ressecamento e outros sintomas, que podem apenas indicar falta de hidratação, também podem estar relacionados a algumas doenças dermatológicas que podem surgir ou piorar nesta época do ano.

A hidratação é responsabilidade de uma camada de gordura que reveste a pele. O ressecamento também danifica essa barreira protetora, abrindo caminho para infecções, inflamações e infecções.

Veja, a seguir, quais são as doenças que mais se aproveitam dessa fragilidade e como preveni-las.

Dermatite Atópica:

Alergia crônica, a mais clássica do outono/inverno, capaz de atingir até 10% das crianças, especialmente as que têm outras alergias, como rinite, bronquite e sinusite.

Mas, pode também aparecer em adultos. Sintomas são pele avermelhada, coceira, prurido e descamação. Eles são mais notados nas regiões das dobras, como atrás do joelho. O banho quente e prolongado piora o quadro alérgico, pois a perda da barreira protetora deixa a pele suscetível a agentes irritantes, como aditivos químicos.

Dermatite Seborreica:

A popular caspa atinge especialmente a cabeça, mas pode chegar também a outras regiões peludas, como axilas, peitoral e costas. Aqui, a questão não é o ressecamento, mas o oposto dele. É que, para compensar a secura e a temperatura quente do chuveiro, as glândulas sebáceas da pele produzem mais oleosidade.

Para piorar, um fungo oportunista se alimenta desse sebo e se multiplica, agravando a inflamação local e provocando coceira – além das famosas cascas brancas. Para evitar, o ideal é lavar e secar o cabelo constantemente em temperatura morna.

Eczema:

Pode ser causada por fungos ou alergias, também é agravada durante a temporada mais fria pela diminuição do manto de proteção da pele.  Apesar de não ser uma doença grave, ela gera muita coceira e pode causar manchas brancas pelo corpo, com aparência desagradável. Deve-se evitar coçar as lesões e adotar os cuidados mencionados acima. Se não houver melhora com o uso do hidratante, deve-se procurar o dermatologista, pois será necessário um tratamento específico.

Micose:

A micose de pele é um tipo de doença causada pela presença de fungos na pele, que gera coceira, vermelhidão e descamação e pode atingir qualquer região do corpo, sendo mais frequente no verão, pois o calor e o suor favorecem a multiplicação dos fungos que habitam a pele, causando a infecção.

Urticária ao frio:

A urticária ao frio é uma condição física caracterizada pelo desenvolvimento de lesões que mudam de cor e textura na pele (pápulas eritematosas) e inchaço (angioedema) causado pela liberação de alguns mediadores pró-inflamatórios no corpo após a exposição da pele ao frio.

Eritema Pérnio:

Também conhecida como perniose, sua fisiopatologia é desconhecida, mas sugere-se que haja uma resposta vascular anormal ao frio e, como consequência, desenvolvimento das lesões cutâneas. Está ligado a má circulação sanguínea e que atinge as extremidades, como os dedos das mãos e pés, essa doença é uma inflamação avermelhada acompanhada de coceira e ardor cutâneo. As mãos são mais atingidas por estarem mais expostas, não só ao ar frio, mas também à água fria. Sintomas como prurido, dor ou  queimação costumam estar associadoscasos mais severos pode haver presença de vesículas, bolhas e ulcerações. Recomenda-se não esfregar muito o sabonete na pele durante o banho e nem usar buchas com muita frequência, evitando a água fria e utilizando a água morna.

Rosácea:

Rosácea é uma inflamação crônica de pele que se manifesta principalmente no centro da face, mas pode se expandir para as bochechas, nariz, testa e queixo.

A afecção se manifesta principalmente no centro da face, mas pode expandir-se pelas bochechas, nariz, testa e queixo e afeta mais os adultos entre 30 e 50 anos. Embora as mulheres sejam mais suscetíveis, os homens desenvolvem as formas mais graves da enfermidade.

Provavelmente, diversos fatores estão envolvidos no aparecimento da rosácea.

Os mais importantes são:

Predisposição genética, alterações emocionais e hormonais, mudanças bruscas de temperatura, exposição solar, uso de bebidas alcoólicas, medicamentos vasodilatadores ou fotossensibilizantes, ingestão de alimentos muito quentes.

Psoríase:

O mal é a falta de sol, que alivia as crises de quem sofre com a doença crônica. Por isso, o jeito é procurar manter a exposição sempre que possível – fora dos horários de risco para o câncer de pele, claro – e buscar outros tipos de tratamento. Mas, como a falta de hidratação piora a coceira – um dos incômodos associados à psoríase além de suas placas avermelhadas – o ideal é seguir as orientações gerais e manter a pele bem nutrida.

Dicas de cuidados com a pele durante o inverno. Veja o que você deve fazer:

  • Beber no mínimo dois litros de água por dia;
  • Não tomar banho muito quente e prolongado. Pessoas de pele muito seca devem evitar o uso de sabonetes nas pernas e braços, usando-o somente nas áreas íntimas, espalhando a espuma do sabonete no restante da pele;
  • Não usar buchas vegetais, esponjas, cremes ou sabonetes de banho com grânulos (com exceção das áreas de pele mais engrossada, como cotovelos, joelhos e pés);
  • Não se secar com toalhas ásperas, esfregando-se para não remover ainda mais a camada de proteção natural;
  • Tomar banho rápido e morno é saudável e ecologicamente correto, com sabonetes neutros e hidratantes, pois são os que menos ressecam a pele;
  • Utilizar esfoliantes no corpo, no máximo, de uma a duas vezes por mês, com grânulos finos, pois do contrário, a pele perde o revestimento natural por meio desse tipo de “agressão” e torna-se sem brilho e seca, fácil de manchar e se contaminar com vírus, bactérias e fungos;
  • Secar-se com toalhas felpudas, principalmente nas áreas de dobras do corpo (dedos, pés, virilhas e axilas) para evitar qualquer micose oportunista;
  • Aplicar um bom hidratante corporal com produtos à base de uréia, acido lático, acido hialurônico, óleos vegetais, vitaminas e anti-oxidantes.

Os procedimentos mencionados acima devem ser mantidos por todas as faixas etárias e, com exceção das crianças pequenas que tendem a ter a pele menos ressecada e precisam de hidratante especifico para elas. Um adulto deve aplicar hidratante, pelo menos, duas vezes ao dia.

– Apesar de todas as dicas, ainda é imprescindível o uso de protetor solar durante o inverno.

O sol, ainda que pareça mais fraco, continua emitindo radiações ultravioletas e, portanto, danificando a pele –

Então não se engane, apesar da menor incidência do calor, a fotoproteção ainda é regra: o filtro solar deve ser usado diariamente. A radiação UV até em um dia 100% encoberto só é barrada em 30% e 70%. O fotoprotetor deve ser reaplicado a cada duas horas em exposição direta ao sol e a cada quatro horas em ambientes fechados.

Diante de qualquer problema, consulte um dermatologista de sua confiança e saiba qual é o  tratamento recomendado pra você!

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